Primeira Crise Capitalista (1873 - 1896)
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A partir da segunda metade do
século XIX, com a segunda fase da Revolução Industrial e as suas
inovações técnicas e tecnológicas (produção do aço, produção da energia
elétrica, invenção do telégrafo e do telefone e fabricação dos
automóveis), financiadas pelos capitalistas industriais, o mundo passou
por intensas transformações.
A concentração de capitais e a ascensão das grandes indústrias (dos
monopólios) tornaram viável o aumento da produção industrial e da
industrialização pelo mundo. Porém, o enriquecimento de poucos
capitalistas industriais ocasionou o empobrecimento de grande parcela da
classe trabalhadora.
Nos meios urbanos e nos meios rurais, nas fábricas e nos campos, as
máquinas passaram a substituir a mão de obra humana. Consequentemente, o
número de desempregados cresceu acentuadamente; e os salários dos
trabalhadores diminuíram. Dessa maneira, grande parcela da população que
ficou desempregada e com baixos salários passou a consumir mercadorias
industrializadas com menor frequência, retraindo o mercado consumidor.
Nos campos, muitos camponeses empobrecidos passaram a migrar para as
cidades em busca de melhores condições de vida. De 1873 a 1896, o
sistema capitalista viveu sua primeira grande crise, chamada de Grande
Depressão.
A Grande Depressão Capitalista, no século XIX, configurou-se como uma
crise decorrente da evolução do sistema capitalista. Essa crise gerou um
descompasso entre a superprodução de mercadorias nas indústrias e uma
população de trabalhadores sem poder aquisitivo para consumir essas
mercadorias (decorrente do aumento do desemprego entre os trabalhadores e
da redução dos seus salários).
Em virtude da Grande Depressão Capitalista no século XIX, ocorreram
duas principais consequências na economia dos países industrializados: a
primeira foi a falência das pequenas e médias empresas e a concentração
do capital nas mãos de poucos capitalistas industriais. A segunda
consequência da depressão foi a busca de mercados consumidores externos,
ou seja, fora da Europa, nos continentes ainda não industrializados,
como a Ásia e a África.
Esse fato deu início ao Neocolonialismo europeu, isto é, à partilha do
continente asiático e africano pelas grandes potências industriais no
século XIX. Era o início da exploração capitalista, da espoliação dos
trabalhadores e dos recursos ambientais mundiais.